Um grupo de hackers bielorrussos divulgou na internet dados de 2.000 policiais, em uma operação chamada de "desanonimização": dar nomes e caras aos agentes que participam da repressão aos protestos contra a ditadura no país.
De acordo com a Folha, os policiais têm trabalhado com balaclavas (máscaras que deixam apenas os olhos à mostra) e, na última semana, manifestantes também arrancaram as máscaras de algum deles durante tentativas de detenção.
"Ninguém permanecerá anônimo, mesmo sob uma balaclava. Enquanto as prisões continuarem, publicaremos dados em grande escala", afirmou a ciberguerrilha em comunicado distribuído pelo Nexta, canal de notícias que funciona no Telegram, editado na Polônia.
Hackers já haviam invadido há 15 dias o site do Ministério do Interior (responsável pela segurança) e ameaçam derrubar os servidores da Receita e de outros departamentos federais.
As listas, que foram ao ar no sábado (19) e no domingo (20), contêm o nome e o sobrenome dos funcionários, ano de nascimento, local de trabalho e cargo.
Segundo a porta-voz do Ministério do Interior, Olga Chemodanova, o regime tem meios para identificar os responsáveis pela divulgação, e eles serão punidos.