Minutos após o anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições americanas, advogados da campanha de Donald Trump questionaram a validade de mais de 600 mil cédulas de votação na Pensilvânia, estado que chancelou a vitória do candidato democrata.
Em entrevista coletiva neste sábado (7), na Filadélfia, Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Trump, disse que o republicano "não vai conceder [a vitória] quando há ao menos 600 mil cédulas questionadas".
Segundo a equipe do atual presidente, os votos em xeque não foram inspecionados por observadores do Partido Republicano. Giuliani disse que os casos suspeitos são de cédulas que vieram pelo correio, ecoando a narrativa de Trump -sem evidências- segundo a qual os votos nessa modalidade são "ilegais" e fazem parte de um golpe do Partido Democrata.
"Temos muitas testemunhas. Não são casos pequenos", disse Giuliani, acrescentando que recebeu denúncias também de outros estados, como Geórgia e Michigan.
Um morador da Filadélfia foi chamado para dar seu relato sobre uma fraude que teria flagrado. "Eles nos deixaram a 20 pés [cerca de sete metros] da contagem dos votos", afirmou, referindo-se à distância que os observadores deveriam guardar dos funcionários que processavam as cédulas.
Segundo Giuliani, o Partido Republicano deve continuar a enxurrada de questionamentos na Justiça na segunda-feira (9).