Uma equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvida) embarca nesta sexta-feira (13) para a China com o objetivo de inspecionar as fábricas da Sinovac, responsável pela vacina Coronavac contra a Covid-19, e a Wuxi Biologics, que produzirá parte da vacina de Oxford.
Serão avaliadas as condições das fábricas para emitir um certificado de boas práticas. Sem o aval os imunizantes não conseguirão ser registrados e comercializados no Brasil.
“O processo de certificação de boas práticas de fabricação é um ato técnico complexo, que envolve desde a verificação das instalações e dos equipamentos e a qualificação dos colaboradores até a garantia da qualidade e a avaliação de risco de cada etapa produtiva para a liberação final do insumo farmacêutico e do produto acabado”, explica, em nota, a Anvisa.
A equipe ficará em quarentena de duas semanas antes de visitar as instalações, que ficam em Pequim e Xangai, e deve voltar ao Brasil em cerca de um mês.
De acordo com a Bio-Manguinhos/Fiocruz, o Brasil não importará a vacina de Oxford produzida pela AstraZeneca já finalizada. O que será fabricado na China é o concentrado vacinal, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que serve como base para o imunizante. Apesar de a fórmula ter sido criada pela universidade britânica, a produção desta etapa será feita na fábrica asiática.
“No Brasil, esse composto passará pelas etapas de processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem) e controle de qualidade em Bio-Manguinhos/Fiocruz”, explica a entidade.
A vacina já pronta só poderá ser comercializada quando a Anvisa autorizar a transação. Caso as fábricas sejam reprovadas na inspeção, o imunizante não pode ser aplicado em território nacional. Porém, caso algo não esteja de acordo com as regras da Anvisa, o mais comum é que a agência faça exigências de mudanças para aprovar o local.