O exército da Etiópia acusou, nesta quinta-feira (19), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gebreysesus, de dar apoio e tentar obter armas e ajuda diplomática para rebeldes na região de Tigray, no norte do país africano.
– Este homem é um membro desse grupo e tem feito tudo para apoiá-los – afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército, general Birhanu Jula, em um comunicado transmitido pela televisão.
Tedros Adhanom é etíope, nasceu em Tigray e foi ministro da Saúde do país (entre 2005 e 2012) e ministro das Relações Exteriores (entre 2012 e 2016) em uma coalizão governamental liderada pela Frente de Libertação do Povo Tigray (FLPT).
Os líderes da FLPT dizem que são perseguidos pelo primeiro-ministro do país, Abiy Ahmed, e que foram expulsos do governo do país. A acusação contra Tedros ocorre em meio a uma ofensiva militar do governo etíope na região de Tigray, onde o partido FLPT luta contra as tropas do governo.
Abiy Ahmed, que venceu o Nobel da Paz em 2019, deu um ultimato militar aos adversários. O primeiro-ministro afirmou na terça-feira (17) que o “ato final da aplicação da lei” acontecerá nos próximos dias.