A pandemia do novo coronavírus já gerou ao governo federal um custo de R$ 471,5 bilhões. De acordo com o painel de Monitoramento dos Gastos da União com Combate à Covid-19, o valor representa 82% do orçamento liberado através de medidas provisórias (MP) - R$ 577,6 bilhões.
Segundo o portal R7, o painel é atualizado diariamente no Portal Tesouro Transparente, da Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Economia.
A principal fonte de gastos é o auxílio emergencial para trabalhadores informais e famílias de baixa renda. A publicação aponta que R$ 261,49 bilhões já foram pagos. O valor previsto para as cinco parcelas de R$ 600,00 e as quatro de R$ 300,00 é de R$ 322 bi.
Entram na conta ainda o auxílio a estados e municípios, que já rendeu R$ 78,24 bilhões de gastos, e as cotas de fundos garantidores de operações e crédito, que tiveram R$ 47,90 bilhões concluídos.
O Ministério da Saúde, pasta designada para atuar no combate à pandemia, já destinou R$ 39,92 bilhões à produção de medicamentos, estruturação e operacionalização de centrais para diagnóstico da doença, além de compra de kits para o teste da Covid-19.
Por fim, mais R$ 29,59 bilhões foram gastos com o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Ao todo, R$ 55,51 bilhões estão designados para isso. O recurso serviu para que empresas suspendessem contratos e reduzissem salários e jornadas de trabalho.
"É necessário considerar que no processo orçamentário há um delay natural entre a autorização da despesa e o efetivo pagamento. Esse último respeita o cronograma de desembolso da política", afirmou o Ministério da Economia, em nota. A pasta acredita que o gasto com a pandemia tem sido feito com responsabilidade.
Essa é a mesma opinião da deputada federal Soraya Manato (PSL-ES). Ela participa da comissão de ações contra o novo coronavírus na Câmara. "Não há o que temer se temos pouco ou muito recurso em caixa, a população tem que ser salva e isso tem que ser a prioridade. O ministro Paulo Guedes já sinalizou que o orçamento ainda está dentro da normalidade da previsão de gastos feita pelo Ministério da Economia", afirmou a deputada.
Até agora, 25 MPs de crédito extraordinário foram editadas pelo governo Bolsonaro para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.