Em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Sem Limites V”, a 78º fase da Operação Lava Jato na manhã desta quinta-feira (26). Dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, são cumpridos em Angra dos Reis e Araruama, no Rio de Janeiro.
Em texto enviado à imprensa, a assessoria de comunicação da corporação disse que essas medidas pretendem aprofundar as investigações sobre as práticas criminosas cometidas na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização. Sem citar nomes, a PF relatou que o investigado nesta fase é um ex-funcionário da empresa que já foi alvo de outras medidas judiciais na 57ª fase da operação, batizada apenas como "Operação Sem Limites". Com o avanço das investigações, ele então passa a ser mais uma vez alvo de busca e apreensão.
A partir de prisões, buscas e apreensões de integrantes da suposta organização criminosa, que assumiam a responsabilidade pelos crimes com o envolvimento da negociação de óleos combustíveis e outros derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras, essa etapa desencadeou na operação deflagrada hoje.
Após o cumprimento das medidas no final de 2018 e o oferecimento de acusações criminais, executivos ligados à empresa estrangeira investigada decidiram celebrar acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Dessa forma, eles relataram e apresentarem elementos probatórios de que o então funcionário da estatal teria recebido cerca de US$ 2,2 milhões entre 2009 e 2015 para favorecer a trading company em negociações de compra de combustíveis marítimos fornecidos pela Petrobras. Essas vantagens indevidas seriam recebidas em espécie no Brasil e, em seguida, repartidas pelo investigado com outros então funcionários da Petrobras que integravam o esquema.