A cidade de Criciúma, em Santa Catarina, viveu uma noite e início de madrugada complicadas entre a segunda (30) e esta terça-feira (1°) ao ser invadida por uma quadrilha que sitiou o município e aterrorizou os moradores para assaltar um banco no local. Ao longo da ação, o grupo provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, usou reféns como escudos e atirou várias vezes.
Segundo a Polícia Civil, o ato criminoso foi realizado por cerca de 30 pessoas encapuzadas que participaram da ação simultânea. Nenhum dos suspeitos havia sido preso até por volta de 6h40. O ataque durou mais de uma hora e a prefeitura pediu ajuda a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do Sul.
Os primeiros relatos do tiroteio foram feitos próximo da meia-noite. Imagens nas redes sociais mostraram reféns e pessoas cercadas nas ruas pelos criminosos. O som dos disparos foi ouvido principalmente na região central de Criciúma. Os suspeitos fizeram bloqueios em vários pontos da cidade, para atrasar a reação das polícias Civil e Militar.
A PM informou que o grupo incendiou um túnel em Tubarão que dá acesso a Criciúma, para tentar impedir que reforços chegassem até o local dos assaltos. O bando também atacou o Batalhão da Polícia e ateou fogo a um veículo.
Depois do assalto ao banco, criminosos fugiram e abandonaram dinheiro no local. Não foi possível avaliar a quantidade de dinheiro levada. Por volta das 2h30, peritos ainda analisavam a suspeita de abandono de materiais explosivos. Nas calçadas e nas ruas próximas da ação foram encontradas várias cápsulas de munição, inclusive de fuzil.
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), disse que os reféns foram liberados sem ferimentos. Os homens mostrados em imagens divulgadas em rede social sentados em uma rua, usados como uma barreira pela quadrilha, eram funcionários do município que pintavam faixas de trânsito.
Na ação, ao menos um policial militar e um vigilante foram baleados. O policial foi atingido na região do abdômen e foi levado ao hospital. O estado de saúde dele é considerado estável. Não há informações sobre o estado de saúde da outra vítima.