Cerca de 30 profissionais da rede pública de ensino e acadêmicos de Educação Física participaram na manhã da última quinta-feira (12) em Barreiras o treinamento sobre a modalidade paralímpica do voleibol sentado, que será disputada nos próximas Jogos Paralimpícos do Rio de Janeiro 2016, em setembro. O vice presidente e diretor técnico da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD), Marcelo Doniseti Micheletto, foi o responsável pela palestra técnica e pelo treinamento realizado no Ginásio de Esportes da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB).
A palestra em Barreiras, segundo ele, tem o objetivo de trazer maior popularidade ao esporte com a proximidade das Paralimpíadas do Rio de Janeiro, sendo uma forma de estudantes de deficiência à prática esportiva nas escolas. Depois de uma palestra teórica sobre o histórico, regras e a atual situação da modalidade no Brasil, Micheletto proporcionou que os inscritos pudessem perceber as diferenças e dificuldades do voleibol sentado ao simular uma partida no Ginásio de Esportes.
“Durante a movimentação é preciso ter cuidado pois é proibido o atleta perder o contato dos glúteos ao executar fundamentos como saque, passe, bloqueio e ataque, à exceção da defesa. Todos os jogadores são deficientes físicos, sendo permitido bloquear e atacar o saque. No mais, todas as demais regras são as mesmas do voleibol convencional, regidas pela Federação Internacional de Vôlei [FIVB, da sigla em inglês]”, resume.
A modalidade é praticada por homens e mulheres com deficiência física ou de locomoção, cuja maioria das vezes os atletas são amputados ou possuem má formação ou sequelas de doenças como a poliomielite. “No Brasil, a maioria dos praticantes tem lesões originadas de acidentes de trânsito. Para a escolha do time em quadra são selecionados 5 jogadores com deficiência e possibilidade de 1 com deficiência mínima sendo os métodos para avaliar a deficiência estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional [IPC, na sigla em inglês]”, explica.