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Em condições normais de temperatura e pressão, o verão baiano é um dos mais badalados do país, com pelo menos um grande ensaio por dia e um carnaval que atrai 2 milhões de pessoas todo fevereiro. Mas, em 2021, tudo será diferente. Com a folia momesca adiada e diversas festas canceladas em todo o estado por causa da pandemia, o governo estadual e a administração municipal têm buscado alternativas para manter Salvador e a Bahia na rota do turismo brasileiro, sem abdicar de cuidados necessários à prevenção da Covid-19.

 

 

A TV Globo exibiria ao vivo o Festival da Virada Salvador, que aconteceria exclusivamente na noite de Réveillon, diretamente do Forte São Marcelo, na Baía de Todos-os-Santos. Entretanto, diante do avanço da pandemia do novo coronavírus no estado, a emissora carioca recuou e desistiu da transmissão, alegando receio de que seus colaboradores fossem contaminados. Na tarde desta segunda-feira (7), a prefeitura soteropolitana anunciou o cancelamento do evento. Mesmo assim, nem a gestão municipal nem o governo do estado desistiram de vender a imagem local para possíveis visitantes.

 

Procurada pelo Bahia Notícias, a Secretaria Estadual do Turismo (Setur) afirmou que “tem trabalhado no sentido de mostrar os atrativos  turísticos que atendem às recomendações dos organismos de saúde, que vão desde praias, turismo ao ar livre, passando por cachoeiras, rios, até vinícolas, além de todo seu patrimônio histórico, que poderá ser visitado sem aglomerações”.

 

A Setur disse ainda que tem participado de eventos, feiras e capacitações on-line, onde os técnicos da pasta estadual mostram para agentes e operadores de viagens todo o potencial turístico da Bahia e os protocolos que estão sendo utilizados para a prevenção da contaminação pelo novo coronavírus. Nas redes sociais, a secretaria trabalha a campanha “Meu Destino é a Bahia”, visando que o estado continue “vivo” na memória das pessoas.

 

Já a estratégia da prefeitura de Salvador para o verão de 2021, segundo informações da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), também procurada pelo BN, está fundamentada no “turismo de curta distância”. O foco da gestão soteropolitana seria nos visitantes do interior da Bahia, que já representam 57% do total, e das capitais mais próximas, como Aracaju, Maceió e Recife. A pasta, entretanto, não deu mais detalhes sobre as ações.

 

INICIATIVAS

O governo estadual, em parceria com o Movimento Supera Turismo, trouxe influenciadores digitais para a Bahia na última semana. Durante sete dias, as celebridades das redes sociais foram apresentadas a diversos destinos turísticos baianos, com a realização de apresentações ao vivo com gestores municipais, cantores, chefs de cozinha e técnicos da Setur, que falaram sobre as 13 zonas turísticas do estado.

 

Na última quinta-feira (3), foi lançada também a primeira fase do Hub Tele-Empreendedor, para prestar apoio aos empresários do setor turístico da Chapada Diamantina, através de uma coleta de informações para levantar as fragilidades do segmento. A iniciativa foi da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Eaufba), em parceria com a Setur e com a Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan).

Fonte:Bahia Notícias
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