A guarda das três filhas da juíza Viviane Arronenzi, assassinada pelo ex-marido na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (24), ficará com a avó materna das crianças. A informação foi repassada pelo presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), Felipe Gonçalves.
O alvará foi expedido pelo plantão judiciário de Niterói.
– A guarda foi deferida ontem pelo plantão de Niterói para a avó e nós prestaremos todo apoio emocional, além disso, apoio jurídico também. Nós colocaremos à disposição da família o advogado da Amaerj para atuar como assistente de acusação – informou.
O velório e a cremação da juíza aconteceram na manhã deste sábado (26), no Cemitério da Penitência, no Caju, na Zona Portuária do Rio. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos. As crianças não participaram da despedida.
De acordo com Gonçalves, que esteve no velório, as meninas, que presenciaram o crime, estão muito abaladas com a morte da mãe. Elas estão sob os cuidados de uma tia materna.
O magistrado afirmou que Viviane era muito dedicada ao trabalho.
– Ela era muito discreta, meiga, estimada pelos seus colegas e uma ótima profissional. Ela prestava jurisdição com maestria – lembrou.
Gonçalves ainda fez um alerta a outras mulheres que, como Viviane, sofrem com relações abusivas.
– A lição que fica é que a mulher, que sofre violência, não pode desistir da medida protetiva. Ela deve ir até o final. Porque aquele agressor não merece apenas uma sanção estatal, ele merece também uma educação estatal. A medida protetiva também tem um caráter pedagógico – avaliou.
Também nesta manhã, Paulo José Arronenzi teve a prisão temporária convertida em preventiva e aguardará julgamento preso.