O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse em entrevista na segunda-feira (28) que a defasagem do teto salarial municipal foi a principal justificativa para a sanção do aumento de 46% nos salários dele, do vice-prefeito e dos secretários, sancionada por ele na última quinta-feira (24) após aprovação da Câmara Municipal.
– O teto está congelado desde 2013, quando tivemos o último reajuste. Durante esse período de 8 anos, a inflação foi algo em torno de 60 a 100%, dependendo do valor considerado. O salário mínimo aumentou 68% nesse período. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje o teto está defasado – declarou Covas ao GloboNews.
Covas ainda destacou que o aumento do próprio salário só será realizado “em 2022, caso a pandemia já tenha passado” e afirmou que a medida busca evitar que servidores deixem os cargos municipais para trabalharem na iniciativa privada ou em outras esferas de governo.
– Algumas carreiras que recebem pelo teto, como é o caso dos auditores fiscais, os funcionários começam a se preparar para concursos, para trabalhar no governo federal ou em outros governos estaduais ou municipais. Então, nós vamos perdendo esses servidores que recebem pelo teto. Aqui não se trata apenas do salário apenas do prefeito; aqui se trata da correção do teto – completou.