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O arcebispo de Belém, capital do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, está sendo acusado de praticar abusos sexuais contra ao menos quatro ex-estudantes do Seminário São Pio X, em Ananindeua, cidade vizinha da capital paraense. Os relatos foram exibidos pelo Fantástico, da TV Globo, na noite de domingo (3).

Segundo os relatos dos ex-seminaristas, o líder religioso utilizava o mesmo modus operandi para ficar próximo deles e, em seguida, praticar os abusos. Os jovens afirmam que inicialmente Taveira conversava sobre sexualidade para, em seguida, aproveitar o momento para praticar o ato sexual.

– Era uma conversa que ia fluindo. Ele perguntava muito sobre masturbação. Até que ele pedia para que mostrasse [o pênis]. No meu caso, em um momento ele abaixou as minhas calças. Depois, ele me tocou e rezou. Ele ia encostando e me abraçando – disse uma das vítimas.

Uma segunda vítima chegou a relatar que Dom Alberto dizia, ao tocá-lo, que aquele ato era “coisa de homem” e que, por isso, não via maldade em tal prática. O rapaz relatou que os abusos contra ele duraram cerca de dois anos.

– Quando ele me tocou, disse que era normal, coisa de homem. Eu não via maldade porque confiava muito, mas aquilo foi se tornando permanente. Comigo foram dois anos – falou.

Um dos jovens também destacou que o religioso fazia ameaças para que os jovens não contassem o que estava acontecendo. Os autores das acusações contra o arcebispo não tiveram os nomes revelados pelo programa, por questão de segurança.

– Ele pediu para baixar as minhas calças, aí eu abaixei até o joelho. Ele ficou apalpando. Depois, ele fazia ameaças: “Não fale nada porque vai ser muito pior para você” – relatou.

Durante uma missa, Dom Alberto se defendeu das acusações e disse que sequer foi ouvido antes de ser investigado.

– Se alguém, porventura, pensasse, por ação do demônio, em acabar com a Igreja Católica, enganou-se. Deus vai fazer mais do que possamos imaginar – declarou o arcebispo.

As investigações sobre o caso correm em segredo de Justiça. O inquérito aponta que os crimes teriam ocorrido há pelo menos seis anos, em 2014, quando os jovens tinham entre 15 e 20 anos de idade e estudavam para se tornarem padres ou durante o processo de desligamento do seminário.

O Vaticano enviou a Belém uma comissão de investigação, prevista dentro do Direito Canônico, para ouvir todos os envolvidos na história, mas, até o momento, nenhuma conclusão foi tornada pública.

Fonte:Pleno News
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