O governo de São Paulo retirou as mais de 50 comunidades quilombolas do estado de São Paulo da lista de grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. O grupo, que fazia parte da parcela prioritária máxima da população a ser vacinada no plano publicado em dezembro pelo governo Doria, não consta mais na primeira etapa de prioridade da imunização.
Procurada, a secretaria de Saúde de São Paulo informou que o grupo foi excluído da primeira fase porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não teria autorizado o uso emergencial naquela parcela do público. A Anvisa, por sua vez, negou a informação e declarou não haver qualquer restrição deste tipo para uso da CoronaVac.
No final de 2020, o Plano Nacional de Imunização, divulgado oficialmente pelo Ministério da Saúde, também incluía quilombolas, comunidades tradicionais ribeirinhas, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores do transporte coletivo nos grupos prioritários a serem vacinados.
Na segunda-feira (18), após o ministro da Saúde antecipar da vacinação em todo o país, o STF intimou o governo federal a atualizar plano de vacinação contra a Covid-19. Os líderes quilombolas de São Paulo afirmaram que estão se organizando para recorrer ao Ministério Público (MP) sobre a decisão do governo paulista.