A greve nacional dos caminhoneiros, prometida para esta segunda-feira (1°), tem conquistado pouco apoio da classe pelo país. Em um dos estados com maior tradição de transporte rodoviário por conta da agricultura, o Mato Grosso do Sul, o movimento é tímido e, segundo lideranças sindicais da categoria, composta apenas por “meia dúzia de gatos pingados”.
– Meia dúzia de gatos pingados está tentando fazer barulho – disse Roberto Sinai, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul (Sindicam-MS).
Nas estradas sul-mato-grossenses, o movimento é tranquilo e, de acordo com Sinai, “todo mundo entendeu que o melhor é seguir trabalhando”. O líder sindical também explicou que conversou com equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e não houve nenhum fato nas rodovias.
– Não tem nenhum impedimento. Todo mundo está trabalhando de forma democrática. A primeira semana de trabalho é essa, que vai começar [com] a colheita de grãos. Não temos outra alternativa – afirmou.
Sinai declarou que a maior parte do movimento de cargas no estado será nas primeiras semanas de fevereiro, por conta da colheita de soja, e que, por isso, paralisar agora não faria sentido, já que prejudicaria ainda mais a categoria.
– Precisamos de mais condições, mais seguranças nas estradas e melhora nos preços do diesel – declarou.
O sindicalista ainda comentou que só iria fazer um movimento caso todas as opções de diálogo com o governo federal se esgotassem. Porém, ele ressaltou que, apesar das reivindicações, o assunto ainda não chegou até as autoridades.