O secretário especial da Cultura, Mario Frias, usou as redes sociais na terça-feira (2) para rebater alegações feitas pelo governo de São Paulo e defender que as obras do importante Museu do Ipiranga, na capital paulista, são custeadas pelo governo federal. A resposta vem após declarações do secretário de Cultura de SP, Sergio Sá Leitão, de que a gestão federal teria participação em apenas um terço do orçamento da obra.
– O Secretário Sérgio Sá Leitão, para chamar uma obra de “sua” deveria ter realizado a obra com recursos estaduais; Recursos que poderiam ter vindo do PROAC ICMS, mas eles optaram pelo incentivo federal. Então, a obra é do Governo Federal – destacou Frias.
A constatação da “apropriação” feita pelo governo paulista das obras veio após uma visita de Frias ao local, na quinta-feira (28), ocasião em que ele percebeu que a gestão Doria estava divulgando a obra como se fosse do governo de SP. O secretário, então, afirmou que solicitou de sua equipe que notificasse a gestão Doria, além de classificar a atitude como “palanque eleitoral”.
– Tendo o compromisso com a verdade e, ciente da necessidade de combater o uso político-partidário para palanque eleitoral dos recursos federais, já solicitei à minha equipe de fiscalização que notificasse o proponente, no intuito de que o mesmo retire do material de divulgação a logomarca estadual (como um dos realizadores da obra), tendo em vista que não arcou com nenhuma parte do custo da reforma – escreveu Frias.
FRIAS PUBLICA POSIÇÃO FINANCEIRA DA OBRA E DESMENTE DORIA
Ainda na terça, Frias também rebateu uma publicação feita pelo governador João Doria, na segunda-feira (1°), em que o tucano repetia o argumento apontado por seu secretário de Cultura de que o governo federal seria responsável por apenas um terço do valor da obra.
O secretário de Cultura federal publicou, então, um extrato de posição financeira da obra com a discriminação dos valores obtidos de cada uma das fontes. No documento, mais de R$ 80 milhões são declarados como captados do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Já da parceria privada, entre a Fundação Banco do Brasil, Vale e Pinheiro Neto, o valor foi de pouco mais de R$ 19 milhões. Tal fato, de acordo com Frias, resultaria em um total de mais de 81% de contribuição via recursos federais para a obra.