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O secretário de Comunicação da Bahia, André Curvello, reclama que o estado perde muito tempo para "desmentir fake news" durante a pandemia do novo coronavírus. "Tem o desgaste físico e emocional. Antes mesmo da pandemia. Com a pandemia isso ficou mais grave", criticou.

 

"É um vírus a fake. A mentira é absurdamente perversa. Na pandemia, o poder público tem a responsabilidade de informar. Quando você enfrenta uma tempestade de mentiras isso se torna mais grave. É um exército e uma guerra que não tem fim. É um exército poderoso sem o compromisso com a sociedade. São pessoas sem ética", disse ao Bahia Notícias.

 

Curvello acredita que existam dois fatores que influenciam nas notícias falsas. "O Brasil é um dos países do mundo que mais utiliza o celular e o WhatsApp. Tem pesquisas que apontam que 62% da população não se preocupa com a verdade do conteúdo. Fica muito difícil", explicou. 

 

Outro aspecto teria vínculo com o governo federal. "Tem características culturais que ascenderam na Europa. É um movimento do mundo. A extrema direita está bastante ativa. Se tenta descredibilizar as instituições democráticas, os políticos. Começam a atacar os poderes e o objetivo é criar o clima de caos e escolherem figuras para levantar novamente a sociedade. O clima chegou ao Brasil", disse.

 

E NA BAHIA?

O secretário aponta que na Bahia o fenômeno é igual e existe uma disputa ideológica que permeia o Brasil e o estado. "Tive uma reunião com os secretários de Comunicação do Nordeste. Os atos são iguais. Em todos os estados. Encaminhamos para a Comissão de Fake News. Com o agravamento da pandemia eles voltam atacar", disse.

 

"São os mesmos métodos no Brasil inteiro. São relatos iguais. É um nível de energia que a gente gasta muito forte. Não temos ferramentas de controle. Hoje não tem mais que se esconder. Eles mostram a cara. Isso, quando você se mostra, ganha mais credibilidade. Enfrentamos a pandemia e o vírus da notícia", acrescentou. 

 

Curvello comentou que a situação da pandemia é dramática e que as pessoas têm levado como se fosse o "um jogo de Bahia e Vitória”. "São oportunistas irresponsáveis. Negar a vacina, negar o vírus e a doença estimula pessoas a negarem. Quando falamos do toque de recolher, eles começam a colocar o caos. O exército tem soldados em todas as classes sociais. Eles não se preocupam com o drama da falta de leitos. Na ideia que eles tem. Isso gera o colapso social", completou.

Fonte:Bahia Notícias
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